QUAL O PAPEL DA ACADEMIA NA LUTA PELA EQUIDADE DE GÊNERO?
A Academia tem um papel primacial na construção do discurso feminista. Historicamente, foi é é na Academia que o feminismo é forjado, fecundado e irradia-se para as ruas. Sendo que, não poucas vezes, são as acadêmicas, as protagonistas do movimento extra-muros das Universidades. Isso desde Simone de Beauvoir, passando por Luce Irigaray até chegar a Judith Butler, dentre centenas de outras filósofas, sociólogas, psicólogas, antropólogas e juristas. Isso faz do feminismo um dos mais científicos dos movimentos pela equidade.
Não foi sem razão que o historiador Eric Hobsbawn afirmou que o feminismo havia sido o movimento mais importante e desestruturador do séc. XX. Isso não seria possível se o seu discurso não fosse fundamentado em estudos e pesquisas de metodologias rigorosas, comprometidas, antes de tudo, com a ética.
O papel da acadêmica feminista é olhar, com a máxima agudeza que lhe for possível, a tessitura da malha social, a sua construção e as suas relações de força e poder. É, mais do que dar as melhores respostas, fazer as melhores perguntas. Não apenas capacitar-se a visualizar criticamente o mapa da violência de gênero, mas, ao narrá-las, destrinchá-las e propor novas práticas de atuação e de possibilidades de resistência.
Enfim, o papel da Academia para o feminismo é um papel matriz, de pesquisa, denúncia, protagonismo, divulgação de conhecimento e informação, propiciando a toda a sociedade uma real possibilidade de transformação.
Nas fotos abaixo, estou com a querida amiga, colega e companheira feminista, a Professora Carolina Ferraz, em palestra na Procuradoria da República, MPF-PE, sobre Cultura do Estupro e Assédio Sexual e Assédio Moral (Antes da pandemia).
Professoras e Pesquisadoras: Avante!!!! Alunas: Venham!!!!
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