sexta-feira, 4 de março de 2022

 AMAZÔNIA E UCRÂNIA: CONVERGÊNCIAS CONJUGADAS NO FEMININO





Para além do argumento oferecido pelo Governo Brasileiro de que um fator preponderante para que o nosso país condenasse a invasão bélica da Ucrânia pela Rússia, seria a urgência de manter a Amazônia sob o poder soberano do Brasil, posicionando-se de modo a comunicar ao mundo que reagirá a quaisquer possibilidades de intervenção externa, inclusive dos países que compõem a OTAN, há mais em comum entre a Amazônia e a Ucrânia que não apenas a disposição de manter-se inviolável contra eventuais forças imperialistas, não importando se vindas de quais direções, sejam do oriente, sejam do ocidente.


Essa convergência diz respeito ao próprio nome de batismo da região: Amazônia, a terra das Amazonas. 


E Amazonas eram as mulheres guerreiras que segundo contado por Heródoto, viviam no território da atual Ucrânia, na costa do Mar Negro. Elas pertenceriam ao povo Cita que ali teriam habitado em torno do século V a.C. 


Formando uma nação de mulheres valentes e independentes, as Amazonas recusavam a participação de homens em seus grupos, sendo os mesmos apenas raptados e levados às suas tribos para fins de copulação. E uma vez que dessem à luz, meninos, os mesmos eram entregues a outras nações,  sendo criadas pelas Amazonas, tão somente, as crianças do sexo feminino. Segundo Homero, na Ilíada, ao narrar a paixão entre a rainha das Amazonas, Pentesileia, e Aquiles, as guerreiras levavam consigo, inafastavelmente, o arco e a flecha.


Durante as invasões pelo colonizador espanhol do norte do território brasileiro em 1542, ao deslizar uma frota espanhola capitaneada por Francisco Orellana por um imenso rio caudaloso, denominado pelo Frei Gaspar de Carvajal de "Mar Dulce", foram os invasores furiosamente atacados por mulheres guerreiras seminuas. 


A violência do ataque das combatentes de cabelos de ébano, em verdade, índias Ykamiabas, a disporem das mesmas armas  daquelas que viviam no território que é, hoje, a atual Ucrânia e cujos imaginários povoavam a, então, cultura europeia, quais sejam, o arco e a flecha, fizeram-nas irmanarem-se com as  Amazonas das costas do Mar Negro, sendo assim, o então, Mar Doce, batizado como o rio das Amazonas, o rio daquelas que repudiavam com veemência quaisquer estrangeiros que ousassem pôr os pés em seus domínios. 


O espírito guerreiro que habitava o nome daquele rio expandiu-se para toda uma região, a região da Amazônia.


Recentemente, trabalhos arqueológicos têm encontrado na porção oriental da Ucrânia, esqueletos identificados como sendo de corpos femininos, de mais de 2.400 anos de idade, enterrado dentre armas e utensílios identificados como sendo de  integrantes da tribo guerreira amazona. Assim como há alguns dias, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro alegou que devido a uma  possível escassez de fertilizantes provenientes da Rússia em decorrência da Guerra na Ucrânia, um caminho a ser trilhado de modo a evitar eventuais prejuízos da atividade agrícola e uma provável alta inflacionária seria a prática da mineração em terras indígenas.


Que o mesmo espírito de combate e resistência das Amazonas da Ucrânia que, certamente, inspiram o povo ucraniano, continue a mover as bravas guerreiras das tribos Amazônicas.


E que o inimigo interno das tribos, o senhor Jair Messias Bolsonaro se acautele de ter o mesmo fim que teve os invasores espanhóis da frota de Orellana: Ser morto, empalado e canibalizado pelas Amazonas Ykamiabas.

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