sábado, 5 de março de 2022

 BÁRBARA DE ALENCAR: AVÓ DE JOSÉ DE ALENCAR E HEROÍNA DA REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA DE 1817.





O nosso grande escritor cearense José de Alencar foi um às ao empunhar sua pena e escrever sobre lutas, aventuras e enfrentamentos que forjaram a concertação étnica nacional, dando origem ao povo brasileiro. Teceu suas obras-primas albergado no recôndito confortável de seu lar. No dia 6 de março de cada ano comemora-se o aniversário da Revolução Pernambucana e uma das suas líderes que, de fato, empunhou armas, lutou contra exércitos, aventurou-se pelas terras nordestinas como perseguida política e desafiou o Estado Português e Dom Pedro I, foi a avó de José de Alencar, a cratense Bárbara de Alencar, personagem histórica e heroína daquela que foi a maior revolução do Brasil Colonial. 

Bárbara Pereira de Alencar, nascida na cidade de Exu e criada na cidade do Crato no Cariri cearense, integrava a elite agrária e latifundiária local. Com a eclosão do movimento separatista em Pernambuco que propugnava pela independência da região em face de Portugal e a instituição de um sistema republicano de governo, Bárbara de Alencar integrou-se ao mesmo, liderando o movimento na região do Cariri. Foi a primeira prisioneira política da história do Brasil, tendo morrido em fuga de perseguição política na cidade piauiense de Fronteiras em 1832. 

Foi sepultada em Campos Sales, cidade cearense. Por seu pedido teve um enterro simples, sepultada em uma rede como o eram os seus escravos. Ceci, Iracema, Lucíola, personagens de José de Alencar são belas representações da mulher brasileira idealizada. Mas, a melhor de todas as heroínas de Alencar, e a   mais fiel à  gana, à garra e à altivez da mulher brasileira foi uma mulher real, a sua própria avó, cuja vida heroica transborda para além das páginas de toda literatura.

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