domingo, 1 de agosto de 2021


Por que nos limitarmos a modismos contingenciais se a vida é curta e temos pelo menos três mil anos para a nossa inspiração?

Hoje, eu vou de estilo Blanche Monnier, século XIX!
A história de Blanche é, sobretudo, macabra, mas nos informa muito sobre afetos familiares, amores e uniões como fenômenos culturais e não infensos a perversões.
Blanche era uma bela moça da alta burguesia francesa de finais do século XIX. Sua família era conhecida por sua benemerência e filantropia. Em virtude de sua beleza e de seu atrativo dote, havia um séquito de alvoroçados pretendentes à sua mão. Mas, Blanche ousou a maior das transgressões: apaixonou-se e firmou posição de pretender casar-se por amor. Tudo lhe iria favoravelmente se os afetos de Blanche não fossem dirigidos a um advogado que além de ser bem mais velho do que a jovem dama de 25 anos de idade, não havia sido contemplado pela fortuna material: Era de minguadas posses.
Tendo Blanche se mantido firme em seu propósito, a fim de evitar que a filha contraísse as indesejáveis núpcias, a sua mãe enclausurou-a em um sótão onde a moça ficou encarcerada a pão e água por mais de 25 anos sem ver a luz do sol.
Uma vez descoberto o seu martírio, já em estado indigente e terrificante, Blanche passou por um intenso tratamento clínico, internada em um Hospital. Em nenhum momento durante o seu processo de recuperação, foi agressiva, embora tenha sido atravessada por afecções mentais. A sua mãe foi acusada, condenada e presa, havendo sofrido ataque cardíaco fulminante passados apenas 15 dias do início do cumprimento de sua pena.
Blanche viveria mais 14 anos, esses em liberdade, ainda que em um sanatório. A sua repetida frase era: "Como é linda a luz"...

Curtir
Comentar
Compartilhar

Nenhum comentário:

Postar um comentário