domingo, 1 de agosto de 2021

 "CUIDAR", verbo IMPERATIVO

A Pandemia, mais do que tudo, revelou-nos o quão imperativo é o verbo "cuidar" para a hipótese de pretendermos que a nossa espécie humana continue a transitar por sobre o Planeta Terra. No auge das conquistas tecnológicas, em um mundo mais e mais virtual, fomos restituídos, de forma abrupta e impiedosa, à consciência das contingências que atravessam a nossa mais crua animalidade. Se em algum momento nos arrogamos de quaisquer superioridades diante dos demais fenômenos mundanos, fomos lembrados de que não passamos de animais acorrentados às nossas próprias perecibilidades. A Pandemia reafirmou a nossa precariedade e a nossa provisoriedade, condições que são inextricáveis à nossa existência.
Portanto, a fim de aqui permanecermos: É imperativo cuidarmos uns dos outros, é imperativo cuidarmos do meio ambiente, é imperativo cuidarmos dos outros animais, é imperativo cuidarmos de nossa pólis, é imperativo cuidarmos dos nossos saberes, é imperativo cuidarmos de nossa ciência, é imperativo cuidarmos de nossa cultura, é imperativo cuidarmos de nossa linguagem, é imperativo cuidarmos de nós mesmos.
Se assim prosseguirmos, posso enxergar, lá longe, um ser humano em um futuro distante, mas em um futuro pavimentado por nós e por nós possibilitado, na altura de seus 200 anos de idade, lamentar-nos:
"Coitados desses humanos dos anos 2000, que só viviam 80 anos..."



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